Página atualizada em 14/04/2018
As coleções de anfíbios e répteis são continuamente acrescidas por trabalhos de campo de seus pesquisadores e como instituição depositária de numerosos estudos. Recebe ainda material oriundo de outras fontes, como permutas e doações, mediante solicitações feitas diretamente aos curadores. Atualmente a coleção de anfíbios, conta com mais de 90.000 e a de répteis com cerca de 30.000 exemplares. Além disso, como tradicionalmente vários herpetólogos trabalharam ou trabalham no Museu Nacional, é grande o número de exemplares-tipo (espécimes usados na descrição de novas espécies para a ciência). Em função da importância de seu acervo, as coleções abrigadas no Setor de herpetologia são continuamente estudadas por pesquisadores do Brasil e do exterior mediante prévios contatos com os curadores.
Nos dias de hoje a coleção de tipos de anfíbios conta com cerca de 400 espécies nominais, representadas por holótipos, parátipos e síntipos. A coleção Adolpho Lutz conta com tipos de cerca de 70 espécies nominais.
A coleção de tipos de répteis possui atualmente cerca de 70 espécies nominais, representadas por holótipos, parátipos e síntipos. A coleção Adolpho Lutz conta com tipos de cinco espécies nominais.
O uso de espécimes preservados em coleções científicas para estudo tem aumentado ao longo dos anos. Este uso está relacionado não somente com o aumento de pesquisadores e novas técnicas de abordagem científica, mas também com o decréscimo de material novo disponível devido às políticas de coletas dos órgãos competentes, o declínio e extinção de algumas populações devido à perda do ambiente natural e exploração comercial. Como resultado temos que: (1) espécimes de muitas espécies são insubstituíveis atualmente; e (2) o número de pesquisadores a acessarem o material aumentou, podendo ter interesses similares ou diferentes com relação ao material. Devido a estes fatores procuramos preservar ao máximo o material em coleção e todas as modificações ou dissecções no material devem ser aprovados pelos curadores responsáveis. A solicitação deve justificar a necessidade de alteração ou dissecção do material solicitado.
Dissecções pequenas que são necessárias rotineiramente (e.g., determinação do sexo) em estudos taxonômicos são usualmente autorizados. Solicitações de dissecção extensiva do espécime (e.g., estudos de história natural) podem ser negadas pelo curador se o material for raro em coleção. Apenas 1/3 do material total da espécie pode ser autorizado a ser dissecado.
Todas as solicitações para examinar exemplares depositados nas coleções abrigadas no Setor de Herpetologia do Museu Nacional devem ser feitas de maneira formal por meio de uma carta em papel timbrado institucional. A carta deve ser endereçada a um dos curadores expressando o período da visita (os solicitantes são estimulados a um contato prévio com os curadores para agendamento das datas). As cartas de solicitações podem ser digitalizadas e enviadas por e-mail. As solicitações de estudantes devem ser assinadas pelo orientador ou supervisor acadêmico. Qualquer exame de espécimes que envolva dissecação ou abordagens invasivas deve ser explicado em detalhe (veja política de dissecções). Todos os pedidos serão decididos caso a caso, mas a permissão para abordagens muito destrutivas não é concedida de forma rotineira. Quaisquer demandas específicas (e.g., ocular milimetrada), bem como a observação de exemplares-tipo, devem ser incluídas também no pedido.
O Setor de Herpetologia do Museu Nacional recebe rotineiramente exemplares testemunhos de estudos científicos e consultorias e conta com especialistas dos diversos grupos de anfíbios e répteis para identificação do material. O material a ser depositado na coleção deve conter todos os dados de coleta (em hipótese alguma, serão aceitos exemplares com dados parciais ou a serem complementados) e serem adequadamente preparados e conservados. Animais em condições ruins de preservação (e.g., animais atropelados) serão avaliados pelo curador e podem ou não ser depositados na instituição.
Quando os exemplares forem enviados por correio, muita atenção para a embalagem não apresentar vazamentos e os exemplares não serem amassados (use tecido ou gaze umedecida em álcool. Não utilize algodão). Os exemplares devem, obrigatoriamente, estarem acompanhados de todos os dados de coleta para seu imediato tombamento na coleção. Seu material será processado o mais rapidamente possível e os números de tombo lhe serão enviados por e-mail.
Toda a responsabilidade para obtenção das necessárias autorizações de coleta é do pesquisador interessado. Para obter uma carta de aceite de material (para envio aos órgãos competentes), escreva diretamente a um dos curadores.
Para citar a coleção veja em Precisa de identificação de exemplares?
O depósito de seu material de estudo no Setor de Herpetologia permitirá livre acesso dos pesquisadores em geral, facilitando a utilização destes em outros estudos.
Os pesquisadores da Herpetologia do Museu Nacional rotineiramente identificam exemplares de anfíbios e répteis para terceiros. Para isso é necessário que os exemplares sejam obrigatoriamente doados ao Museu Nacional. Após o envio do material (veja: Como depositar seus espécimes nas coleções herpetológicas do Museu Nacional?), seu material será identificado no nível hierárquico mais baixo possível e o número de tombo correspondente será enviado ao interessado por e-mail, para possível citação em seu estudo.
Os acrônimos das coleções de anfíbios e répteis é MNRJ (coleção de anfíbios ou répteis, Museu Nacional, Rio de Janeiro, Brasil). Para a coleção Adolpho Lutz: AL-MN (coleção de anfíbios ou répteis, Museu Nacional, Rio de Janeiro, Brasil).
O depósito de seu material de estudo no Setor de Herpetologia permitirá livre acesso dos pesquisadores em geral, facilitando a utilização deste em outros estudos.
Ao contrário dos espécimes tradicionais de coleção, as amostras de tecido são, eventualmente, esgotadas com o seu uso continuado. Por esse motivo, os curadores do Setor de Herpetologia do Museu Nacional (MNRJ) estabeleceram diretrizes gerais de acesso ao acervo, no intuito de garantir que o uso destrutivo não esgote esse recurso limitado. Estas diretrizes também se aplicam ao uso destrutivo de espécimes tradicionais (e.g., material esquelético ou estudos muito invasivos).
Ao desenvolver essas diretrizes foram consideradas as políticas instituídas por outros Museus de História Natural. Desse modo, o principal objetivo aqui é o de preservar os acervos científicos para uso presente e futuro.
O MNRJ permutará amostras limitadas de tecidos de suas coleções para pesquisadores qualificados. Essas amostras destinam-se a complementar o material obtido de forma independente (por meio de coleta ou solicitação a outros acervos) pelos usuários das coleções. Implícito ao termo "permuta" está o entendimento de que os usuários irão cumprir certos requisitos (veja abaixo). Por sua vez, o MNRJ absorverá o alto custo de obtenção, catalogação e manutenção dessas amostras.
Os pedidos de permuta de amostras de tecidos ou espécimes ao MNRJ se traduzem no reconhecimento explícito da coleta científica legítima, sendo valorizado o tempo e esforço demandado por seus pesquisadores na coleta, preparação e manutenção das coleções. Mediante a permuta dessas amostras para estudo científico, poderemos ocasionalmente solicitar uma declaração, por escrito, da importância da coleta científica e de nossas coleções.
Todos os pedidos de permuta de material genético devem ser por escrito. As cartas devem ser redigidas em papel timbrado institucional e endereçadas a um dos curadores. As cartas de solicitações podem ser digitalizadas e enviadas por e-mail. Solicitações de estudantes devem ser assinadas também por seu orientador ou supervisor acadêmico. As solicitações de alíquotas de tecidos devem conter um breve resumo da pesquisa que está sendo desenvolvida, incluindo outras fontes de material utilizadas e uma justificativa explicando porque as amostras do MNRJ são necessárias para viabilizar o referido estudo.
Esta carta deve abordar especificamente os seguintes itens:
As solicitações serão analisadas caso a caso, de acordo com os seguintes critérios: tipo e extensão do pedido (inclusive se ele duplica esforços anteriormente realizados por outros pesquisadores no que se refere às amostras do MNRJ); disponibilidade de material baseado em coletas recentes de populações naturais; esforços do investigador na obtenção de material; quantidade de material nas coleções do MNRJ; raridade e dificuldade para aquisição de novas amostras (i.e., distribuição e abundância do táxon); eventuais categorias de ameaça em que a espécie tenha sido incluída nas listas estaduais e nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção; se o táxon é incluído na lista CITES; capacidade demonstrada pelo investigador para realizar o projeto; apoio financeiro ao projeto.
As alíquotas de tecido ou extratos de DNA das coleções herpetológicas do Museu Nacional não podem ser transferidas a terceiros sem a expressa autorização, por escrito, de um de seus curadores. Os curadores solicitarão alíquotas de tecidos ou espécimes em troca de amostras cedidas pelo MNRJ no sentido de compensar as amostras consumidas. Os tecidos cedidos ao MNRJ como forma de compensação devem, necessariamente, possuir espécime testemunho depositado em outra coleção e manterão a numeração de sua instituição de origem. As amostras de tecidos cedidas pelo MNRJ devem permanecer com as numerações originais e não podem ser incorporadas a outros acervos. O MNRJ se reserva o direito de selecionar alíquotas de tecido ou porção de suas alíquotas previamente extraídas, bem como o modo de preservação das mesmas (amostras em álcool, congeladas ou desidratadas), de acordo com demanda de solicitações e/ou facilidades na rotina de coleção. Em nenhum momento as solicitações de alíquotas se estendem às amostras de origem de outros acervos científico sob utilização de pesquisadores do MNRJ. Estes pedidos devem ser endereçados diretamente aos curadores das coleções de origem das amostras.
As sequências obtidas a partir de alíquotas de tecidos ou amostras do MNRJ devem ser disponibilizadas no GenBank ao final do estudo, de modo que estejam acessíveis a outros pesquisadores. Essas sequências devem ser referenciadas aos números de tombo do MNRJ, ou seja, ao número de catálogo do respectivo espécime (“voucher”). O Museu Nacional deve ser agradecido em todas as publicações que resultarem do uso de seus espécimes ou partes destes (incluindo alíquotas de tecidos). Estes agradecimentos podem ser endereçados diretamente aos curadores da instituição. Solicitamos que os PDFs de todas as publicações resultantes das solicitações sejam enviados aos curadores diretamente responsáveis pelas autorizações.